h1

O verdadeiro valor

29 de dezembro de 2008

“Ela é uma mulher de valor” – Já diziam os antigos, referenciando-se a mulheres conceitualmente puras, daquelas que não deixaram o biscoito dar uma mergulhada precocemente. Mulheres de família, caseiras, dispostas a fingir que não conhecem o conceito do chifre para poder satisfazer o marido machista e controlador.

Onde está esse valor? Qual o medidor oficial de valores humanos?
Meu conselho? Que enfiem os valores fantasiosos em seus rabos sórdidos e hipócritas. Devagar e com carinho, sem a raiva descabida dos revoltosos sem causa.

O real valor é individual, pessoal e combinativo com a pessoa que o partilhará. Para uns, mora na virgindade. Para outros, está no amor à família. Para alguns, pode estar até mesmo na paixão pelo sexo selvagem constante. O importante é sabermos o principal:

A sociedade não pode ditar-lhe o que é de valor e o que é descartável. Pois no final, o sorriso resultante da combinação de vertentes deve ser o seu, não dos hipócritas controladores, que profanam a liberdade arrotando mentiras. Não tenhamos medo de estourarmos os cornos contra paredes, pois não fazê-lo seria como tentar voar sem asas, com tombos secos e sem cor. O resultado exato da vida em preto e branco que grande parte dessa mesma sociedade tanto prega.

Arrisque, viva, caia, levante. E na hora de encontrar o verdadeiro valor naquele que lhe interessa, não busque pelo óbvio, mas sim pelo ideal de combinação aos seus próprios princípios e formas de orientar-se no mundo. O final, quem sabe, será muito mais positivo.

Para mim, o simples. Basta descobrir alguém com quem consiga conversar por duas horas e me sentir entusiasmado para mais duas, com uma visão realmente inteligente da vida. Ali, mora o meu real valor.

E foda-se o resto.

26 comentários

  1. Bom texto, mandou bem!


  2. Se vc fosse o corno da história, talvez não pensaria assim.
    Não existem valores, mas existe o respeito, e mtas vezes essas duas singularidades (?) se misturam.

    Deixar q nos controlem por valores (que nem sempre são valores) eh mediocridade.
    Mas, viver procurando entusiasmo nas pessoas .. nem sempre eh um valor real, afinal … depois de um tempo, as pessoas são soh pessoas cheias de defeitos, como eu, como vc, entuasiasmo passa, como a paixão (infelizmente), e o que fica? … São os valores (Oras bolas), mas os seus valores, e a forma de admirar as pessoas … e blá-blá.


  3. otimo texto Felipe, um dos melhores do blog. =) Gosto dos seus textos, são realistas, objetivos e não tem a intenção de agradar todo mundo =)
    O tempo passa, temos novas gerações e uma coisa não muda, os padrões impostos pela sociedade. Olhamos para os outros e esquecemos do “eu”. Temos valores que adquirimos por que alguém falou que é melhor assim. Temos que dar a cara a tapa e talvez assim consigamos nos livrar das correntes que nos prendem.


  4. Belo texto bro…


  5. Auria! Excelente texto, muleque


  6. E lembre-se, vasculhe o orkut dela, antes de tudo isso! (y)


  7. Acho que esse eh o texto que eu mais concordei. xD


  8. é… ser corna não é legal =p
    nada legal…


  9. A maioria das pessoas confunde alhos com bugalhos. Obviamente nenhuma regra é (ou deveria ser) imutável. Existem basicamente dois tipos de leis: aquelas que regem a sociedade, e aquelas que regem a comunidade, uma parcela menor da sociedade, também chamadas de “costume”.

    As leis da sociedade são aquelas constitucionais, e estas sim devem ser parâmetro para definir um “valor”, uma “índole”, uma “moral”. Dessa forma, uma pessoa de valor é aquela que age honestamente, não atenta contra a vida de ninguém, etc. O que sobra são costumes. Virgindade, família e sexo, da forma com são hoje, são aspectos de costume, fadados ao eminente fim.

    É óbvio que as coisas nem sempre foram como são, e nem como eram em 1900. Olhe a família, por exemplo: em Esparta, família era mãe e filhos. O pai vinha visitar uma vez por ano. E ainda assim, o filho só fazia parte da família até os 8 anos, quando era requisitado ao treinamento pró-guerra, se fosse menino. Durante a Revolução Industrial, a mãe e os filhos passaram a trabalhar nas Fábricas. No começo do século passado, mãe e filhos deixaram de trabalhar, quando seus serviços não foram mais necessários. Nas últimas décadas, lutou-se contra o trabalho infantil. Hoje, mulher quase sempre trabalha. Homens casam entre si. Adotam filhos. Divórcios rolam soltos. É óbvio que os costumes mudaram. E mudarão, sempre, ainda que paulatinamente.

    Nada me garante que o modelo de família, vivendo em um lar, com mãe, pai e filhos vai perdurar. Talvez chegue um dia em que adotar um bebê e criá-lo sozinho seja mais aceitável do que se casar. O fato é que o termômetro da moral não pode ser algo efêmero como os costumes, porque costumes mudam em uma velocidade mais rápida do que a maioria dos termômetros pode se adaptar.


  10. isso me lembra o comentário que você fez sobre o meu fatídico post. E adorei:
    “Pois no final, o sorriso resultante da combinação de vertentes deve ser o seu, não dos hipócritas controladores, que profanam a liberdade arrotando mentiras.”

    aliás, votei em ti pra melhor blog pessoal no bbb. 🙂


  11. hipócritas controladores, que profanam a liberdade arrotando mentiras

    Eitaaa oo’
    uahsuahushaushauhsuahs


  12. A impressão que tenho é que as pessoas simplesmente ignoram a reflexão, elas apenas ecoam o que foi passado pra elas. Acho um absurdo eleger algo como verdade absoluta, só porque alguns (ou muitos…) continuam a repetir: uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade!!! A análise de situação de situações não pode ser feita de maneira absoluta, tudo na vida é relativo. Será que as pessoas conseguem realmente escutar o que elas estão dizendo?


  13. Anarquismo e viver pelado devem ser boas opções… pena que quem consegue conversar 2 horas não deve ter de trabalhar e fazer essa sociedade “opressora” rodar.

    ————-

    Impressionante a capacidade retardada de falar merda em menos de 5 linhas.
    Pena… Sinto muita pena.


  14. aee Felipinho.. bem inspirado no final de ano…
    Concordo com você;
    😉


  15. nao tenho vocabulário extenso o suficiente pra escrever igual a voces 😀
    aeaeuaieiheiahea
    mas eu gostei demaaais do texto.
    demorou pra atualizar seu blog, Felipe, acho que é porque eu venho nele 3 vezes por dia pra ver se esta atualizado, NUNCA comento, MAS, sempre venho ;x


  16. tá com cara de texto sobre alguém q foi rejeitado

    ———-

    Depois fica se perguntando pq não consegue sucesso com seu blog. =)


  17. A mescla da sua idéia com a do henrique, acho que me agrada mais.
    Óbvio que os costumes ditam alguns valores, porém só cada ser humano pode escolher os valores que lhe convém, desde que não cause danos à ninguém.


  18. Que legal o controle remoto na votação do bestblogsbrazil.com, categoria “Pessoal e cotidiano”, estando atualmente em 4º lugar…Show!
    Pq tu não divulgou?


  19. Adorooo! Você me impressiona mais a cada vez que passo por aqui, percebo a cada dia mais como seus textos sao sensatos, mas particularmente nao acredito que ser traida seria interessante nao (To apaixonada pela sua mente brilhante).


  20. Acho que os valores evoluem, só que essas mudanças não são acompanhadas pelas gerações anteriores, a morte existe para renovar e talvez essa seja a beleza da vida, passar o conhecimento e evoluir com ele. Mais não podemos esquecer que a “sociedade” julga certo ou errado, e viver em sociedade requer comportamentos medidos, não que devemos aceitar as correntes, mais chutar o pau da barraca nem sempre é a solução. Então forme a sua vida nos valores que você admira nos outros, e nos que seu coração manda ter, mais não esqueça, estar vivo é ser julgado e a arma que temos contra a “sociedade”, é a omissão. Pelo menos até nossa geração assumir o controle.


  21. engraçado, nunca me perguntei isso. Será esse o meu real valor? a populariedade do meu blog?? Minha nossa, sou um nerd frustado.
    🙂 Bom texto felipe


  22. primeira vez q eu vejo um texto em um blog q me mecheu tanto…ele diz a realidade de um modo direto
    isso todos nos vemos, mas ao msm tempo fingimos nao ver pq eh mto mais confortavel e facil ser igual a todo mundo, pensar igual e agir sem diferença!!!


  23. Às vezes eu não gosto do controle remoto por que tem muito texto, às vezes eu amo por que tem os textos mais legais. Não são só fotos engraçadinhas, piadas sem nexo.
    A sociedade e certas pessoas que seguem certos valores, dogmas, crenças, tradições e não se permitem pensar, contestar, ousar e ir atrás, nasceram com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinhal.


  24. Já leio o blog a algum tempo no feed e nunca senti vontade de comentar nada aqui até ler esse texto. A sociedade inventa valores de felicidade pré-fabricados, e cada um aponta seu dedo pra condenar o outro porque não conhece o que é felicidade pra si, logo vivem, julgam e condenam a vida alheia; isso sem ao menos se dar conta de como foram doutrinados a vida toda pela mente coletiva que só reprime a individualidade. Havendo respeito (a tudo) como princípio básico de conduta, cada um é livre pra fazer o que quiser…e as pessoas se subjugam mesmo assim por pura ignorância ou medo. Só alguns poucos felizardos tem a capacidade intelectual de bem usar a sua liberdade, o resto é massa de manobra e dona Cotinha. E faço minhas as palavras de Clarice Lispector “Liberdade é pouco, o que eu desejo ainda não tem nome.”


  25. =~
    Seus textos me deixam sem palavras…
    Amo.
    Me ensina a escrever/falar assim,vai!
    =p
    *.*


  26. É…
    Ter vontade de conversar por mais duas horas hoje em dia é um achado sem tamanho. Concordo com sua filosofia nesses casos: foda-se o resto se o feelling diz que sim. A Vida (maiúsculo proposital) é dos hedonistas, de quem sabe aproveita-la.



Deixar mensagem para Kennedy Cancelar resposta